Delegações aprovaram, neste sábado (22), um acordo na COP 30, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em Belém (PA).

O texto do ‘Mutirão Global’ aumenta o financiamento para as nações pobres que estão enfrentando as consequências do aquecimento global, mas deixa de fora o ‘mapa do caminho’ para o fim da dependência dos combustíveis fósseis, que são considerados os principais responsáveis pelas emissões dos gases que causam o aumento da temperatura do planeta.
O Acordo de Belém lança uma iniciativa voluntária para acelerar a ação climática e, assim, ajudar os países a cumprirem suas promessas atuais de redução de emissões. Além disso, pede que as nações ricas, pelo menos, tripliquem a quantia de dinheiro que fornecem para ajudar os países em desenvolvimento a se adaptarem a um mundo em aquecimento até 2035.
Enquanto isso, os países em desenvolvimento argumentam que precisam urgentemente de recursos para se adaptar aos impactos que já estão ocorrendo, como o aumento do nível do mar e o agravamento das ondas de calor, secas, inundações e tempestades.
Depois das negociações, que se estenderam pela madrugada deste sábado, ficou acordado que a questão dos combustíveis fósseis poderia ser deixada de fora do acordo e incluída em um texto paralelo apresentado pelo Brasil, que é o anfitrião da COP30.
Um dos principais pontos de frustação de representantes da sociedade civil, já no rascunho apresentado nessa sexta-feira, foi a ausência do ‘mapa do caminho’ para eliminação gradual dos combustíveis fósseis.
O governo brasileiro e o próprio presidente Lula insistiram na aprovação de um texto que abordasse alguma proposta de cronograma de implementação dessa transição energética, o que não se concretizou.
Entre os avanços, o documento final reconheceu a importância das comunidades afrodescendentes e dos territórios indígenas no combate à emergência climática.
*Com informações da Agência Brasil
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