CCBB BH recebe espetáculos infantis do Grupo Esparrama

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CCBB BH recebe espetáculos infantis do Grupo Esparrama (SP), nas férias de julho

Com um processo de criação que considera o olhar da criança, a premiada companhia paulistana traz, pela primeira vez a BH, dois de seus trabalhos mais celebrados pela crítica e público: “ACORDA!” – vencedor Prêmio APCA – e “FIM?” – agraciado com Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem, e eleito o Melhor Espetáculo Infantil pelo Guia da Folha (voto popular).

No dia 11 de julho, sexta-feira, o Grupo Esparrama (SP) abre temporada, no CCBB BH, com dois espetáculos premiados da trupe que trazem palhaçaria, música, bonecos e muita interação com a plateia. Em “FIM?” (2016), a companhia discute a relação entre o ser humano e a natureza, propondo uma visão de fim do mundo distópica, em que dois palhaços estão em busca de replantar a semente do recomeço. Já “ACORDA!” (2024), criado a partir de oficinas de escuta com crianças, é apresentado em janelas e sacadas de edifícios, convidando o espectador a enxergar a cidade como lugar de construção de memórias e sonhos. Apesar de tramas e ambientações distintas, os dois trabalhos carregam a mesma proposta de provocar o público a imaginar novos modos de habitar o mundo.

As peças ficam em cartaz até 4 de agosto, de sexta a segunda, no CCBB BH. “FIM?” cumpre temporada com sessões sempre às 19h, no Teatro II. Os ingressos custam R$30,00 (inteira) e R$15,00 (meia-entrada), com desconto de 50% para clientes que realizam o pagamento com cartão Ourocard, e estarão à venda na bilheteria do CCBB BH e no site ccbb.com.br/bh. Já o espetáculo “Acorda?” conta com sessões às 15h, no Pátio do Centro Cultural Banco do Brasil, com acesso gratuito. Este projeto é realizado com o patrocínio do Branco do Brasil. Mais informações no site ccbb.com.br/bh, nas redes sociais: instagram/ccbbbh | facebook.com/ccbbbh, ou pelo telefone (31) 3431-9400.

“Desde o início da trupe (2012), já tínhamos um desejo claro de criar obras voltadas ao público infantil. Com o tempo, fomos deslocando o foco de um teatro sobre a infância para um teatro que se constrói com as crianças, reconhecendo nelas não apenas um público destinatário, mas interlocutoras críticas, criativas e políticas”, comenta o diretor e integrante do Grupo Esparrama, Iarlei Rangel.

Nessa perspectiva, o primeiro trabalho da companhia nasce, em 2013, em São Paulo, com encenação que ficou marcada na memória dos paulistanos. A peça “Esparrama pela Janela”, que reflete sobre as dimensões pública e privada das cidades, foi encenada da janela do apartamento de um dos integrantes, que dava para o Viaduto João Goulart. O conhecido Minhocão, que corta o centro da cidade, é usualmente fechado para o acesso de carros, durante as noites e aos finais de semana, sendo desfrutado por seus habitantes como área de esporte e lazer. “Essa experiência nos fez perceber como a cidade é hostil para as infâncias”, completa Rangel.

É em 2018, com “Navegar”, o terceiro espetáculo da “Trilogia da Janela”, que a compreensão sobre o protagonismo das crianças e a ideia de um teatro para e com as infâncias, se consolida. Na peça, o grupo literalmente ocupa a rua para fazer a seguinte pergunta: com que cidade sonha uma criança? Para respondê-la, foi ao encontro de grupos de crianças de diversos locais da cidade de São Paulo. Essa experiência de criação muda, a partir daí, a forma como a companhia passa a pensar o teatro. “Esse deslocamento gerou uma inflexão importante na nossa linguagem, fazendo com que a participação ativa das crianças, a escuta de suas potências imaginativas e sua presença na cidade deixassem de ser elementos complementares para se tornarem princípios estruturantes do nosso trabalho”, destaca.

Em Belo Horizonte

Na passagem inédita da trupe por Belo Horizonte, o grupo apresenta dois trabalhos de seu repertório, que vão levar para a cena os conceitos de protagonismo da criança e teatro com infâncias.

Em FIM?, reconhecido com o Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem, eleito Melhor Espetáculo Infantil do Ano pelo Guia da Folha (voto popular) e indicado ao Prêmio Governador do Estado, o grupo projeta um futuro distópico, em que só restaram baratas e dois palhaços. Em meio aos escombros, a dupla de clowns busca um local fértil para plantar a semente do recomeço, atravessando lixões, campos minados, armadilhas mirabolantes e barragens rompidas (em alusão à tragédia no rio Doce, em Minas).

“Falar de fim de mundo para crianças foi muito desafiador: como falar de fim pra quem está literalmente começando? É aí que entra a palhaçaria! O palhaço ajudou a gente a entender que não é o que se fala e sim como se fala. E, assim, entendemos que é fundamental incluir também os pequenos no centro da discussão sobre a necessidade de recuperar a natureza, a urgência de pensarmos formas de consumo consciente e sustentável. O diálogo e uma convivência mais afetuosa e humana podem ser a saída para o caos que estamos vivemos”, acredita Lígia Campos, atriz do grupo.

Já em ACORDA!, espetáculo vencedor do Prêmio APCA 2024, que mescla palhaçaria, música e Teatro de Bonecos, o espectador é convocado por “acordadores de prédios” e “especialistas em janelas”, a evitar que mais um prédio adormeça profundamente no coração da cidade. Super-heroínas, famílias, dragões e outros seres que um dia mantiveram o edifício aceso, conduzem a plateia a reviver as memórias e sonhos de cada janela e seus antigos moradores. Porém, um alerta: se o prédio não reagir às canções, bonecos, surpresas e risadas no tempo determinado pela ampulheta dos especialistas, suas memórias poderão se perder para sempre.

Pensado originalmente para o prédio histórico do CCBB São Paulo, como uma experiência cênica singular e surpreendente, o espetáculo extrapola os limites tradicionais do palco e se integra à arquitetura urbana. “Aproveitamos as janelas e sacadas do edifício para criar uma encenação vertical, convidando o público a olhar para cima e descobrir novas camadas narrativas em meio ao contexto da cidade”, conta.

Segundo o diretor Iarlei Rangel, ao chegar a uma nova edificação ou cidade, o trabalho precisa ser adaptado, tornando cada sessão única. “Nesse sentido buscamos não alterar nenhuma característica dos prédios onde nos apresentamos, preservando ao máximo sua estrutura original. A mudança acontece na dramaturgia, onde inserimos detalhes da história do prédio de cada localidade visitada. Assim, a plateia também vivencia junto com a gente uma cidade mais viva, desperta e brincante, apreciando, algumas vezes pela primeira vez, construções antes despercebidas.”

“ACORDA!” foi criado a partir da escuta atenta de crianças em oficinas e passeios, organizados pelo Esparrama, pelas ruas do centro de São Paulo. Muitas histórias, personagens e poéticas imaginadas pelos pequenos foram incorporadas à cena. “As crianças nos ajudaram desde a criação da peça, mas, também, a cada apresentação, nas cidades por onde passamos, as convidamos a nos ajudar a criar novas personagens que habitarão esse novo prédio. Assim, o teatro que praticamos hoje, é resultado de uma pesquisa continuada, que se sustenta no cruzamento entre arte, cidade, educação e infância, em uma perspectiva ética e estética, que se atualiza a cada novo encontro com o público infantil e com os territórios que atravessamos”, conclui.

Grupo Esparrama (SP)

O Grupo Esparrama dedica-se ao teatro para crianças desde 2012 e destaca-se pela pesquisa sobre a relação entre infância, arte, educação e cidade. Seus trabalhos são reconhecidos por criar diálogos estéticos na busca pelo protagonismo das infâncias, tendo como exemplo a criação do Conselho de Crianças do Esparrama, que colaborou na criação do seu último espetáculo, CIDADE BRINQUEDO. Em 2021, recebeu o reconhecimento da relevância do seu trabalho pelo DPH – Departamento de Patrimônio Histórico da cidade de São Paulo, com a fixação da Placa do Inventário Memória Paulistana no prédio onde acontece o Teatro de Janela, espetáculos que ocorrem na janela de um apartamento, em frente a um viaduto da cidade de São Paulo. Seus trabalhos receberam 25 prêmios e indicações incluindo 3 Prêmios APCA nos anos de 2024, 2022 e 2021. Além disso, foi contemplado em mais de dez editais públicos e privados. Desde sua criação, já realizou quase 800 ações que atenderam mais de 160 mil pessoas em mais de 90 cidades diferentes.

Circuito Liberdade

O CCBB BH é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo. Trabalhando em rede, as atividades dos equipamentos parceiros ao Circuito buscam desenvolvimento humano, cultural, turístico, social e econômico, com foco na economia criativa como mecanismo de geração de emprego e renda, além da democratização e ampliação do acesso da população às atividades propostas.

SERVIÇO

CCBB BH RECEBE ESPETÁCULOS INFANTIS DO GRUPO ESPARRAMA,

NAS FÉRIAS DE JULHO

 

11 de julho a 4 de agosto de 2025

 

Espetáculo “Fim?” – Sexta a segunda, sempre às 19h

Local: Teatro II do CCBB BH / Ingressos em ccbb.com.br/bh

 

Espetáculo “Acorda!” – Sexta a segunda, às 15h

Local: Pátio do CCBB BH / Acesso gratuito, sem necessidade de ingresso (sujeito a lotação).

(Praça da Liberdade, 450 – Funcionários – BH/MG)

 

Ingressos para “Fim?” no site ccbb.com.br/bh e na bilheteria do CCBB BH,

a R$30 e R$15 (meia-entrada), com desconto de 50% para clientes que realizam o pagamento com cartão Ourocard. Mais informações no site ccbb.com.br/bh

 

Classificação indicativa: Livre

 

Mais informações: (31) 3431 9400

instagram.com/ccbbbh | facebook.com/ccbbbh | E-mail: ccbbbh@bb.com.br

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