Projeto “O Palhaço Limão em: Flores e Canteiros” chega à 3ª edição com ações nos bairros Jardim dos Comerciários e Mantiqueira
Iniciativa une arte, sustentabilidade e cidadania promovendo a revitalização de espaços públicos degradados, que são transformados em canteiros de flores para usufruto das comunidades. Neste ano, serão contemplados os bairros Jardim dos Comerciários e Mantiqueira. As inaugurações acontecem nos dias 2 e 7 de novembro com apresentações artísticas.
Entre outubro e novembro de 2025, a periferia irá florescer na Regional Venda Nova, em Belo Horizonte – e não apenas no sentido figurado. A região volta a receber o projeto “O Palhaço Limão em: Flores e Canteiros”, que chega à sua 3ª edição consolidando-se como iniciativa de integração entre arte, sustentabilidade e cidadania, por meio da revitalização de espaços públicos degradados. Neste ano, as ações serão realizadas nos bairros Jardim dos Comerciários (VN2) e Mantiqueira (VN2), envolvendo limpeza urbana, instalação de canteiros sustentáveis e uma programação cultural gratuita, que inclui oficinas, apresentações circenses e intervenções musicais.
Idealizado pelo artista e agente cultural Vagner Silva, o projeto transforma áreas antes marcadas pelo descarte irregular de resíduos em espaços de convivência, educação ambiental e fruição artística, com participação da comunidade e parceria da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), que promove a limpeza dos locais. “Estamos dando continuidade a esse percurso de arte e transformação social, reafirmando a força da periferia como território criativo e sustentável. A proposta é transformar esses espaços em verdadeiras áreas vivas com flores ornamentais para o convívio da comunidade, que também aprende a cuidar e preservar”, diz o idealizador Vagner Silva, resumindo a importância desta edição.
Como forma de envolver a comunidade, o projeto realiza as oficinas “Construindo Canteiros”, que promovem atividades práticas, com foco em reutilização de materiais recicláveis, confecção de vasos e plantio de mudas ornamentais. Um destaque do projeto é a criação de uma rede de madrinhas e padrinhos comunitários, que assumem o compromisso de zelar pelos espaços revitalizados, garantindo a continuidade e o cuidado coletivo com os canteiros. “Mais do que canteiros, o projeto cultiva laços, pertencimento e cuidado, fazendo da rua um palco e da periferia um jardim de possibilidades”, explica Vagner Silva.
A inauguração dos canteiros é marcada por eventos abertos à comunidade, com apresentações de artistas locais. O canteiro no bairro Jardim dos Comerciários (VN2) será inaugurado no dia 2 de novembro, às 16h, com intervenção circense do grupo “Acrobata Laranjinha”, apresentação musical da “Guarda Congo Real de Venda Nova” e o espetáculo o “Circo do Palhaço Limão”. A inauguração do canteiro no bairro Mantiqueira (VN2), ocorrerá no CRAS Mantiqueira e será no dia 7 novembro, e a programação artística contará com a intervenção circense da “Cia. Pulso a Pulso”, show do cantor Marcus Carvalho e apresentação do espetáculo “O Circo do Palhaço Limão”, a partir das 16h.
A curadoria artística é realizada pelo coordenador geral do projeto, Rogério Gomes e pelo idealizador do projeto Vagner Silva, sendo priorizado os convites para os artistas que integram a “Rede de Artistas de Venda Nova”. “O coletivo de artistas vem traçando ações conjuntas e unindo forças para fortalecer os artistas e coletivos que atuam na região de Venda Nova”, comenta Rogério Gomes.
Histórico do projeto
“O Palhaço Limão em: Flores e Canteiros” nasceu em 2023 com o objetivo de integrar arte, meio ambiente e cidadania em uma ação transformadora. Nas duas primeiras edições, foram revitalizadas, ao todo, dez áreas públicas nos bairros Europa, Mantiqueira, Rio Branco, Jardim dos Comerciários, Serra Verde, Lagoa e Vila Apolônia. Já no primeiro ano, o projeto estabeleceu parcerias com instituições como o Parque Estadual Serra Verde, o Instituto Estadual de Florestas (IEF), o Centro de Vivência Agroecológica (CEVAE) e a Cóccix Companhia Teatral, formando uma sólida rede de colaboração.
O coordenador geral do projeto, Rogério Gomes, sublinha que “trata-se de um importante projeto cultural, que promove diversas externalidades positivas à toda sociedade, quando dialoga com as áreas da cultura, do meio ambiente e de limpeza urbana, gerando a revitalização de áreas urbanas com histórico de risco à saúde, através da limpeza e preservação da fauna e flora, melhora a qualidade de vida dos moradores locais, garantindo assim, além do direito de acesso à arte e cultura, o direito que todo cidadão tem de viver em um local limpo e apto para o convívio social”, analisa.
